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“Perder a confiança no seu corpo é perder a confiança em si mesmo.” – Simone de Beauvoir

  • Foto do escritor: Fernando Dório
    Fernando Dório
  • 17 de jul.
  • 2 min de leitura
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Vivemos um tempo em que o corpo é, antes de tudo, imagem.

Há uma forma idealizada, padronizada e vendida em cada esquina das redes sociais, da mídia, das vitrines e das clínicas estéticas.

Um corpo que não transpira, não envelhece, não sente dor. Um corpo que precisa performar — beleza, saúde, desejo — a todo momento.


Mas o corpo real… é outra coisa.


É no corpo que moramos, que sentimos que existimos.

É nele que o mundo nos atravessa: o toque, o medo, o cansaço, o prazer, o desejo — tudo passa por ele.


E, às vezes, ele falha.

Ou, ao menos, parece falhar.


Há dias em que o corpo não responde como antes.

Outros, em que se transforma de forma inesperada.

Há fases em que o desejo desaparece, e com ele, se vai uma parte da nossa vitalidade.

O espelho já não nos reconhece — e nós também não reconhecemos mais o que sentimos ao habitá-lo.


É nesse ponto que muitos começam a desconfiar de si.

Porque o corpo não é apenas forma. Ele é também fundamento da subjetividade.

É parte essencial da forma como nos percebemos e nos apresentamos no mundo.

E quando deixamos de confiar no corpo, algo dentro de nós se fecha.


A intimidade perde cor.

O sexo vira esforço.

E o prazer, quando vem, parece sempre um pouco distante.


Muitos chegam à psicoterapia com esse mal-estar difuso, procurando uma resposta rápida.  Mas não se trata de consertá-lo — trata-se de escutá-lo.

De perceber o que, em algum ponto do caminho, se perdeu: o vínculo com a própria corporalidade, com o sentir legítimo, espontâneo, vivo.


Aceitar o corpo vivido — com suas imperfeições, seus limites e sua beleza própria — é um gesto radical de liberdade.

É recusar os moldes que nos violentam.

É retomar, pouco a pouco, a confiança em si.


📌 E você, como tem se relacionado com o seu corpo?


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